Aqui viria a nascer o Bairro Social das Furnas, ao abrigo do decreto-lei nº 28912 de 1938, que criou os chamados bairros de casas desmontáveis. Outro dois exemplos desta iniciativa do Estado Novo foram os Bairros da Boavista e da Calçada. Estas duas primeiras imagens reportam-se a 1945, quando ainda existia a Quinta das Furnas que deu nome ao Bairro, que viria a ser construído em 28 de Maio de 1946.
Quem foi alojado nas Furnas? Famílias jovens (abaixo dos 40 anos), de fracos rendimentos e provenientes de zonas de barracas de Lisboa.
As ruas tinham nomes de árvores ( Rua das Nogueiras, Rua dos Álamos, Rua dos Freixos por exemplo). As casas eram pré-fabricados de lusalite, todo o bairro aconchegado ao verde de Monsanto. Na fotografia vemos a rua das Nogueiras.
No salão de festas desenvolviam-se actividades para promoção socio-cultural das famílias residentes, além das várias valências de apoio social indispensáveis . A comunidade era coesa e participativa. Esta era a assistência de um dos espectáculos que decorreram no salão de festas.
Esta é uma pequena evocação do que foi o Bairro das Furnas. Deixemos o novo bairro para outro dia.
Fotografias do AML de Lisboa
8 comentários:
Hummm....está bom o novo layout! Ficou da cor dos calcoes da equipa dos melhores (ou os tipos mudaram o equipamento?)
"Lusalite"....nessa época, cheira mesmo a amianto.
Mas....o bairro foi mesmo construído num dia ? ;-)
O meu teclado hoje nao funciona para portugues...
Assim as fotos respiram:)
;)
nunca vou para o bairro das furnas, tenho que la dar um salto, não me lembro de ver casinhas baixas... tenho ideia dos predios altos!
ha caracois bons para os lados deles? ;)
Demoliram as baixinhas já há uns anos.Felizmente aliás:)
Olhando para a foto dos operários a pregar as placas de amianto....parece que o "ajudante", nem sapatos tinha. Trabalhar "nas obras" sem sapatos...era obra!
Que bom é rever (ou ver) estas fotografias, estas recordações que retratam, também, a realidade social da época.
Abraço
Nao nasci no Bairro das Furnas mas moro nele a 48 anos, as saudades que eu tenho destas casas e do convívio que existia entre as pessoas,a lavarem roupa nos tanques, as fogueiras nos santos populares, o andarmos a chinchada nas árvores de fruta dos vizinhos, enfim velhos tempos que não voltam mais
Ainda é um bairro com muitos elos de ligação entre os moradores, apesar dos sucessivos realojamentos aí realizados. Ainda existem as festas dos Santos?
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