30/12/09

Travessa de São Domingos de Benfica















Nessa manhã a ideia era irmos visitar os jardins do Palacio dos Marqueses de Fronteira. Tomamos o pequeno almoço na “Conchita” e como o J. nos tinha dito que havia uma passadeira que nos levava até ao outro lado da linha o passeio tornou-se ainda mais fácil. A travessia foi uma agradável descoberta. Lembrava-me daquele lugar dos tempos em que passava de carro com os meus pais pelo Monsanto. Tenho varias recordações “desse lado” mas hoje fico a meio caminho.

Os jardins do Palácio deixámo-los para outro dia, por causa do tempo, pois decidimos visitar a casa também, mas já era tarde. Conversámos um bocadinho com o senhor que se ocupa das visitas que nos desvendou algumas surpresas e propôs-nos voltarmos num dia de sol... parece que os jardins são ainda mais admiráveis.

Mas o passeio até lá foi deslumbrante pela visão desta magnífica casa que se enquadrava perfeitamente no cenário e na cor do céu, nesse dia. Podia ser Sintra. Gosto destas casas com plantas “atrevidas” que trepam e forram as fachadas e desenham as janelas, gosto da mistura destas duas cores, dos sóbrios cortinados brancos. Espreitando pelo portão vê-se uma escada antiga que leva à casa e mesmo ao lado uma espécie de pátio com um banco de pedra onde duas estátuas guardam um painel de azulejos.
















Quando regressámos do Palácio vimos o carro do carteiro. Atravessou a estrada e puxou um arame que fez tocar a campainha. Fiquei a observar a vida da casa. Uma senhora com um avental imaculado desceu as escadas, murmurou um discreto bom dia, aceitou as cartas e voltou para dentro... e por momentos julguei-me num filme do Manoel de Oliveira...

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