14/03/10

A importãncia de se chamar Ernesto...



Pelo menos por aqui, parece que Ernesto é um nome a manter. Tudo por dentro a ser remodelado e, no entanto, o toldo com o nome mantém-se. Nunca entrei na loja de roupa do Sr. Ernesto mas chamou-me a atenção a publicidade improvisada e caseira que os novos donos decidiram fazer nas montras da futura loja. Em toalhas de papel quadradas escreveram a marcador o anúncio de que ali iria crescer algo novo, diferente e que até ia criar postos de trabalho!!! Fizeram até um concurso para quem adivinhasse o que ali iria nascer: uma loja da segurança social, uma loja do chinês, uma sex-shop, uma boutique... Quem ganhasse teria como prémio uma viagem!! Afinal, a velha boutique dará lugar a uma nova e a Senhora Maria Nereida Carlota, vencedora do concurso, ganhou uma viagem de 28 dos Prazeres à Graça (de certeza que em nenhum sítio do mundo existe um meio de transporte que leve as pessoas dos prazeres à graça e eu acho que é um grande passeio!!)

Enfim, não fosse a publicidade e se calhar nem daria conta da mudança! Assim, pelo menos, ainda consegui apanhar os toldos com o belíssimo lettering.

PS - Ah, e para que conste, a minha tia, que nem é de Benfica mas que vem cá todas as semanas, disse-me que chegou a comprar lá camisas de homem muito boas e baratas. Agora já não há! Na Estrada de Benfica há sempre alguma coisa a mudar, é impressionante!

4 comentários:

J. disse...

marta, grande sorriso...! ;) o ernesto fica na esquina logo a seguir ao arabesco ou na esquina da paragem do autocarro seguinte?

adorei a "publicidade" feita com papel de mesas de restaurante, com os quadradinhos das caras dos artistas ;) parece quase uma caderneta ;)

estava quase para dizer que ia abrir ali uma agencia de viagens mas mudei de ideias... em todo o caso, o prémio é bastante original ;)

Marta G. disse...

Fica a seguir ao Arabesco (para quem vai na direcção do zoo). Duas esquinas à frente há outra loja de roupa também antiga, é verdade.

Helena Correia Rosa disse...

Antes de se chamar "Ernesto", chamava-se "Casa Frade", também vendia roupas e tecidos a metro. Tinha, junto à porta, uma senhora que apanhava malhas em "meias de vidro" com uma maquineta eléctrica que fazia lembrar um copo e uma broca de dentista. Simplesmente divinal!! As senhoras deixavam as meias - individuais, claro - dentro de um saquinho de papel e voltavam a buscar daí a uns dias, pagando um escudo e cinquenta centavos... dois escudos..., enfim, outros tempos em que tudo se arranjava e pouco se deitava fora!

J. disse...

gostava de ter visto essa maquina de apanhar malhas nas meias ;) nesses tempos em que (quase) nada era descartavel! ;)