15/06/10

Palácio Fronteira



Regresso então ao Palácio Fronteira. Desta vez para uma visita. É um dia de sol e por isso, de acordo com a sugestão de um dos senhores que lá trabalha, é um óptimo dia para visitar os jardins. Paro na Conchita para beber um café (gosto de rituais) e atravesso na passadeira aéria. A tranquilidade do outro lado da linha conforta-me.




Entro no Palácio olho para a esquerda e tudo é de um verde resplandescente. Compro o meu bilhete, quero a visita integral e não apenas os jardins. Dou uma volta pela loja e compro uns postais. No átrio há mais pessoas à espera, todas estrangeiras. Pergunto em que língua será feita a visita e o senhor diz-me que em principio seria em francês, mas que se eu fizer questão será em português. Digo que não me importo que seja em francês e sorrio enquanto penso que mudei de país mas não mudou a língua. A visita começa na casa, subimos e entramos na Biblioteca, a assoalhada que mais me agradou. Tem uma janela grande e uma belíssima vista sobre o jardim. Visitamos o resto da casa, a Sala das Batalhas, também muito interessante, é forrada de azulejos que contam histórias. Mas tenho pressa de ir ver o resto do jardim.


Enquanto esperava que a visita começasse fui rapidamente espreitar e já não me apetecia sair de lá. A visita da casa chega ao fim e abre-se uma porta que nos permite aceder ao jardim... ao magnifico jardim. Penso em como é possivel ter vivido ali tantos anos sem conhecer aquele lugar. Apetece-me fotografar tudo, as cores são lindíssimas, os azulejos magnifícos, há pormenores a não perder.























Mesas e cadeiras em ferro forjado, e com estofo azul para combinar com as paredes do jardim... e com o céu... Olho para o pormenor do cinzeiro e naquele momento apetece-me ser fumadora.



Os cortinados são brancos, imaculados... Branco, verde, azul, cinzento... As estatuas tornam aquele lugar misterioso e cheio de sensualidade.



Vou passeando por ali, no labirinto dos jardins. Olho para o jardim de um lado, depois de outro e vejo sempre coisas diferentes... mas vejo sobretudo muitos prédios ao fundo... é São Domingos de Benfica... o primeiro Marquês da Fronteira nunca imaginou que a vista do Palacio um dia seria assim...




Acabo a visita no painel da Paula Rego. Penso nesta manhã cheia de inspiração e penso que terei que voltar... e que os leitores do Mercado que não conhecem gostarão muito de lá ir.






3 comentários:

Nuno Cruz disse...

Excelente texto e fotos! Parabéns.

analu disse...

Por acaso nunca lá entrei, mas desde já ficou uma vontade enorme de lá ir. Concordo com Nuno, obrigada pelo excelente texto e fotos.

J. disse...

obrigada, ainda bem que gostaram! :) vale mesmo mesmo a pena la ir...